domingo, 1 de novembro de 2009

Saudade...

A cama feita. O quarto vazio. Outra vez...


De semana a semana a mesma casa de ecos solitários. Só eu. Só...



Todos os dias acordo, demasiado consciente do gelo que rodeia o espaço de lençol que ocupo. Todos os dias espero que seja 6ª feira novamente, para saber que quando acordar no dia seguinte ocuparei o espaço bem apertado entre os teus braços. Mas chega o Domingo e tudo morre novamente... Solidão...



E passo toda uma semana imersa em pequenos afazeres de dona de casa, que não me preenchem nem me satisfazem, mas que escoam os meus dias numa azáfama de inutilidades. Passo toda uma semana fechada entre paredes que não sabem quem sou. Será que eu sei?



Procuro uma razão para continuar a viver, e descubro-a, a pior de todas: hábito. Vivo apenas porque estou habituada a viver. Vivo apenas porque não sei parar de respirar. Vivo apenas porque o meu corpo ainda não quis morrer.



Mas aqui, olhando para um céu tempestuoso enquanto escrevo, sei que aquilo que um dia foi viver, não é hoje mais do que um mero sobreviver, pontuado por pequenos momentos de quase felicidade quando mais um fim de semana regressa, e tu com ele...



Volta...